POR, CICERO FREITAS
 

 

A EPOCHÉ  FENOMENOLOGICA HUSSERLIANA

 

Epoché é uma palavra grega que significa “parada” e significa “colocar entre parênteses” é atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição, é a suspensão do juízo. A epoché na fenomenologia visa “colocar entre parênteses” toda a realidade, abstendo-se de toda opinião e até mesmo dos conhecimentos sabidos cientificamente.

            A suspensão do juízo é o que caracteriza os céticos gregos, especialmente Pirro, porém na fenomenologia de Husserl, o termo epoché possui um significado diferente, ou seja, Husserl não nega de modo efetivo a existência, porem, o filósofo considera a suspensão do juízo simplesmente sendo um olhar desinteressado da realidade. Contudo cabe observar que, o cético em alguns casos radicais, conclui que o conhecimento é impossível.

            Como podemos observar o conceito epoché não de husserliano, mas Husserl tomou por empréstimo dos filósofos céticos, dessa forma o filósofo, começa a construir um método eficaz para uma análise filosófica.

            Diz Husserl, que não podemos fazer nenhum juízo, sobre a realidade, ou até mesmo sobre aquelas coisas que nos apresentam de modo convincente, como por exemplo, a ciência, pois a ciência ao aspirar à certeza em relação ao mundo depende da experiência e a está sujeita a suposições, predisposições e equívocos, e por isso não tem bases absolutamente incontestáveis, e como sabemos para Husserl a experiência  sozinha não é ciência.

Nesse sentido fica muito evidente  que para o filósofo esse mundo empírico dar pressupostos  enganosos, por isso, uma teoria rigorosa, e exigente  deve se manter afastada desses pressupostos que são mantidos pelo mundo sensível.

            Como é bastante visível, no método fenomenológico, a epoché é a base para o empreendimento proposto por Husserl. Na epoché fenomenológica, as coisas não são mais aceitas como se fossem absolutas, evidentes, e, portanto isentas de qualquer dúvida. Contudo, cabe ressaltar que Husserl, não nega a existência do mundo, ou a impossibilidade do conhecimento, mas apenas considera que a suspensão do juízo, é uma forma para conhecer as coisas.

            O tema da epoché em Husserl está estreitamente unido com o que o filósofo, chamou de atitude natural, ou comportamento natural, pois o filósofo parte do que ele chamou de comportamento natural para alcançar o seu conceito de epoché.

            A  epoché em Husserl é um conceito  importante, pois  assim, o filósofo vai pretender fundamentar a ciência fenomenológica, fazendo uma critica portanto ao psicologismo que segundo Husserl, subsiste nos ensinamentos Brentano.

            Cabe lembrar que o conceito de epoché em Husserl, foi tomado dos filósofos céticos, em particular, Pirro e o sofista Górgias, a verdade, não existe é apenas uma criação do ser humano, o ceticismo e o relativismo estão no centro de suas filosofias, os pensadores céticos, eram contra qualquer doutrina que se apresentasse como fixa, ou seja, como uma verdade universal e dogmática, sendo assim também podemos afirmar que a filosofia de Husserl, também estar adoçada com certo ceticismo.

            A duvida é fundamental no pensamento de Husserl, mais não semelhante à dúvida cartesiana. Segue-se que o que possibilitou Husserl chegar ao conceito de epoché, foi perceber que as pessoas costumeiramente aceitam tacitamente o mundo.

            Para o filósofo, nesse primeiro momento, o ser humano está mergulhado em uma compreensão implícita do mundo, o homem está habituado com o mundo, porém nos diz o filósofo este mundo não aparece de modo real, a verdade está encoberta, mas é este mundo que nos possibilita ascender ao mundo real.

            Na atitude natural o mundo recebe uma forma de subsistência necessária e certa e por isso aceitável para todos  os seres humanos, pois sempre existiu, por isso, a realidade  nunca é posta em dúvidas. Agora sobre a epoché, relembrando sextus empíricus, pensava colocar a epoché como a desistência voluntária do cético ante a instabilidade da realidade, e da verdade, para a fenomenologia a epoché é a desistência voluntaria do pensamento, de quaisquer interesses naturais na existência, ante a constância das  da realidade e das coisas no mundo.

            Porém a tese geral não se constitui como uma apreensão geral e vaga, apesar de que o estado natural da mente não se preocupa com uma critica do conhecimento e assim, vemos o mundo como uma realidade existente ontologicamente.  Mas segundo Husserl a atitude natural tem duração bem limitada, isto é, dura apenas enquanto a consciência segue o seu curso natural.

            Segue-se daí, que tudo pode submetido a dúvida por mais evidente que seja,tudo pode passar pelo crivo da dúvida, mais  não da mesma maneira de Descartes que isola uma esfera do ser, de modo a não admitir nenhuma dúvida de modo que tudo apareça ao seu espírito de forma clara e distinta. Assim sendo a epoché pode ser considerada do qual a fenomenologia necessita de seus serviços.

            A fenomenologia procura chegar à essência das coisas no mundo, por isso ela se utiliza de uma serie de reduções para chegar ao resíduo das coisas, por isso, podemos defini-la como a ciência das essências, o fenomenologia busca a compreensão do fenômeno, do dado imediato que aprece a consciência.  O método fenomenológico não pretende ser empírico ou dedutivo mais fundamentalmente descritivo e sua finalidade é descrever o fenômeno da forma como aparece. Há, portanto uma correlação entre objeto e sujeito que observa o objeto.

            Pensando a questão da busca rigorosa do conhecimento, no método fenomenológico o estudioso deve diante do fenômeno colocar entre parênteses as suas crenças mais estimadas, abandonando, conceitos e preconceitos que estejam em relação aquilo que está sendo pesquisado. Na epoché o pesquisador deve ter uma atitude neutra, ou seja, reflexiva. Nesse sentido após colocar o fenômeno entre parênteses e analisá-lo é tarefa do pesquisador a descrição do fenômeno, de modo preciso e rigoroso. Pois mediante a epoché, é possível a consciência fenomenológica, dar atenção ao fenômeno,e fazer a sua descrição em sua pureza.

            Para Husserl existem exclusivamente fenômenos na consciência e não conteúdos, ou seja, ter consciência é ter consciência de alguma coisa, e a existência do objeto depende da minha existência, da minha consciência, ao se ater o objeto. Nesse sentido a epoché, é importantíssima, pois realizando a epoché, o pesquisador acaba se aproximando do fenômeno estudado.

            Para concluir, é importante salientar que a fenomenologia, é uma ciência eidética que busca a compreensão das essências, é uma ciência que se utiliza da descrição e não da dedução, a tarefa da fenomenologia aqui e analisar e interpretar a os fenômenos, o fenômeno é o objeto de estudo da fenomenologia. A consciência é sempre consciência de alguma coisa e por sua vez e por isso estar sempre intencional, pois sempre tem como referencial um objeto, e por isso mesmo um objeto é sempre objeto para um sujeito.

            Em suma, é o homem que atribui sentidos ao mundo, o homem estabelece significações aos objetos, e ao imprimir significados o ser humano se une aos objetos, dessa maneira para o método fenomenológico é necessário colocar em suspensão o mundo natural, colocar entre parênteses todos os nossos, saberes, sejam da ciência, ou do cotidiano, para que após uma depuração, chegarmos a conhecer a coisa mesma.

 

ROUSSEAU - CURIOSIDADES.

Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, em 28 de junho de 1712, e faleceu em Ermenonville, nordeste de Paris, França, em 2 de julho de 1778. Foi filho de Isaac Rousseau, relojoeiro de profissão. O pai sempre dependeu do que ganhava com o próprio trabalho para o sustento da família. Sua mãe foi Suzanne Bernard, filha de um pastor de Genebra; faleceu poucos dias depois de seu nascimento. Rousseau tinha um irmão, François, mais velho que ele sete anos, o qual, ainda jovem, abandonou a família.

Considera-se que o fato de sua mãe ter morrido poucos dias depois de seu nascimento, em conseqüência do parto, tenha marcado Rousseau desde criança. É pelo menos curioso que chamasse "mamãe" sua primeira amante e "tia" à segunda. Foi criado, na infância, por uma irmã de seu pai e por uma ama.

Rousseau não teve educação regular senão por curtos períodos e não freqüentou nenhuma universidade. Em Contignon, na Saboia (França) a duas léguas de Genebra, solicitou ajuda ao pároco católico que o encaminha a uma jovem senhora comprometida a ajudar peregrinos com a pensão que recebia do rei. Esta se chamava Louise (com quem Rousseau viveu),  cerca de dez anos mais velha, na plenitude dos vinte, bela de corpo, alegre, dona de belos cabelos louros, para ele mãe e amante (Rousseau se refere a ela sempre como a Sra. Warens ou "mamãe").

Acreditando sofrer de um "polipo no coração", decidiu ir a Montpelier onde soube que poderia ser curado de sua taquicardia. Não precisou chegar lá. Um romance havido com uma companheira de itinerário, à altura de Valence, deixou-o curado. Retornando para casa, Rousseau encontra um rival com quem teria que dividir os amores de Louise. Decepcionado, pensa sair de Chambéri. Em maio de 1740 ele foi para Lyon para tutorar, pelo período de um ano, as crianças de Jean-Bonnet de Mably, irmão mais velho de Étiene Bannot de Condillac e do Abade de Mably, este último um conhecido escritor político. Retorna ainda uma vez a Louise e então decide-se a abandoná-la definitivamente.

Em 1742, estabeleceu-se em Paris, onde fez amizade com os filósofos iluministas, entre os quais estavam Diderot e Condillac. Colaborou na "Enciclopédia" (coordenada por Diderot), escrevendo diversos verbetes.

No início de 1745 ele assumiu vida conjugal com Thérèse le Vasseur, a criada de quarto do hotel onde ele estava morando. Teve com ela, sucessivamente 5 filhos os quais foram todos enviados para um orfanato.

Em 1746, com a morte do pai, Rousseau recebe uma pequena herança e pode sobreviver mais folgadamente. Cultiva sua amizade com Diderot e liga-se a vários outros intelectuais.

Em 1762, Rousseau foi perseguido por conta de suas obras, consideradas ofensivas à moral e à religião, e obrigado a exilar-se em Neuchâtel (Suíça). Três anos depois, partiu para a Inglaterra, a convite do filósofo David Hume.
Retornando para a França em 1767, casou-se finalmente com Thérèse Levasseur em uma cerimônia civil.
Além de escritor e filósofo, Rousseau foi um apaixonado por música. Estudou teoria musical, escreveu duas óperas ("As Musas Galantes" e "O Adivinho da Aldeia") e publicou um "Dicionário de Música".

 

Principais obras: Discurso Sobre as Ciências e as Artes; Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens; Do Contrato Social; Emílio, ou da Educação; Os Devaneios de um Caminhante Solitário

 
 
 
 
Maquiavel era mesmo maquiavélico?, artigo de Renato Janine Ribeiro
 
Persiste até hoje o falso entendimento do pensador que arrancou máscaras e desnudou relações de poder entre os homens Renato Janine Ribeiro é professor de Ética na USP e autor de “O Afeto Autoritário - Televisão, Ética, Democracia”. Artigo publicado em “O Estado de SP”:Mudou por completo, ao longo do século 20, a imagem que se tinha de Maquiavel. Ou melhor, mudou a imagem dele para os seus estudiosos, não para o público em geral.
 

Desde que ele escreveu O Príncipe, em 1513 (livro que começou a circular em manuscrito ou resumos antes mesmo de ser impresso, o que só ocorreu em 1532), sua fama foi péssima.Assim, numa peça de Christopher Marlowe, O Judeu de Malta (1589), aparece um certo italiano de nome Machevill: um trocadilho bem inglês entre o nome de Maquiavel e 'evil', mal. Lembrando que o 'Mac' indica uma origem de família, poderíamos traduzir como Mauquiavel ou Demojúnior. Até um rei como Frederico da Prússia, não exatamente um homem de bem em política externa, escreveu um Anti-Maquiavel, em meados do século 18, para condenar nosso filósofo em nome da moral e do bom governo.Maquiavel foi assim, se me perdoam a expressão, o maior saco de pancadas da história da filosofia política.
 

E disputa com Platão a condição de filósofo que gerou o maior uso de seu nome na forma adjetiva. Assim como se fala em 'amor platônico', também se diz que alguém é maquiavélico - o que constitui um insulto sério. Ainda se atribui a ele uma frase que nunca escreveu, 'Os fins justificam os meios'.O que ocasionou essa imagem? É que Maquiavel representa, melhor que ninguém, o rompimento com um modo medieval de ver a política como extensão da moral.O 'bom rei' era um rei que seria bom, isto é, o rei eficaz era o rei que fazia o bem. Suas virtudes eram as de um chefe qualquer.
 

Ora, o que Maquiavel mostra é que os príncipes bem-sucedidos, fosse em seu mundo particularmente belicoso, dos pequenos Estados italianos em guerra entre si, fosse no passado medieval, raramente seguiam a moral convencional e cristã.Ele arranca máscaras. Mostra como de fato agiam, agem e devem agir os que desejam conquistar o poder ou simplesmente mantê-lo.Isso é insuportável para os bem-pensantes. Acaba com a justificação religiosa para o poder político. Exibe a nudez das relações de poder entre os homens. Mas, ao contrário do que seus inimigos vão dizer, essas relações não são de mera força. A política é muito complicada, e há personagens que tiveram sucesso e glória, como o rei Fernando de Aragão, outros que tiveram sucesso mas não glória, como Agátocles, e ainda quem teve glória mas não sucesso, como César Borgia.Essa sutileza escapa aos acusadores de Maquiavel - e é ela que mostra que a política não é apenas o contrário da ética.
 

Quando começa a mudar a imagem de Maquiavel? Penso que o grande sinal da alteração está num livro de Max Weber, Ciência e Política: Duas Vocações, que data de 1919. O grande sociólogo alemão distingue uma ética que se pauta pelos fins e outra que se pauta pelos valores.Os políticos, diz ele, têm uma responsabilidade que se mede pelas conseqüências de seus atos. Já os cientistas seguem outra ética. Seu compromisso é com a verdade.
 

O interessante na distinção de Weber é que ele não opõe ética e política – mas descreve duas éticas. Ou seja, a política passa a ser uma ética. É talvez a primeira vez – desde Maquiavel – que a política se constitui explicitamente como uma ética, mas preservando seus traços próprios.Porque mesmo hoje em dia, quando se fala em 'política ética', tende-se a renegar suas características essenciais e a convertê-la em apêndice da religião cristã. Com Weber, não.O que era negativo na política - sua relativização dos valores morais, sua preocupação com os fins que, se não chegam a justificar os meios, pelo menos pesam tanto quanto estes – passa a ser visto como sua própria natureza.Weber cita Maquiavel duas ou três vezes nesse livro - e uma delas para dizer que O Príncipe, comparado com uma obra antiga da literatura hindu, o Artashastra de Kautilya, é 'um livro inofensivo'. Mas os ecos do pensador florentino em Weber são visíveis.A política pode agora ser vista como um reino em que as aparências contam, melhor dizendo, em que as aparências são constantemente produzidas, portanto, como um reino que não é da verdade. Contudo, mesmo assim, é um reino que produz um certo bem, o bem coletivo. Weber, aliás, cita elogiosamente uma passagem em que Maquiavel louva os florentinos que preferiram a salvação da cidade à salvação da própria alma.
 

O que assim acontece na recepção culta de Maquiavel, nos últimos cem anos, é que ele passa a ser visto como o pensador de uma ação política que não é mais uma ética com sinal negativo, ou uma ética com deságio.É uma ética própria, diz-nos Isaiah Berlin, uma ética que se opõe à cristã mas nem por isso deixa de ser ética (pagã, segundo Berlin). Merleau-Ponty até radicaliza: não há ética digna de seu nome a não ser a que se preocupa com as conseqüências dos atos, isto é, a ética que Weber chama da responsabilidade - e que é a maquiaveliana.E se dá maior atenção ao caráter republicano de Maquiavel. Afinal, ele foi ministro da república de Florença e escreveu um longo tratado em defesa desse regime.
 

É o que leva autores como o inglês Quentin Skinner, o francês Claude Lefort e o brasileiro Newton Bignotto a ressaltarem sua preocupação com o regime do bem comum, da coisa pública, a res publica.Qual o problema, então? É que essa percepção culta não sai dos muros da academia. Cada vez que um de nós, professor, dá aula sobre Maquiavel tem que dizer o que afirmei acima: que Maquiavel não é maquiavélico. De vez em quando, recebo algum e-mail me perguntando se ele disse mesmo que 'os fins justificam os meios' e, se não disse, de quem são essas palavras (não sei). Em suma, não basta provarmos que Maquiavel não é o personagem da sua lenda. Faz-se preciso entender, senão por que essa legenda surgiu, mais precisamente por que ela continua viva e forte.Esse é um aspecto importante do grande problema que nosso tempo tem com a política.Por um lado, nunca houve tanta democracia: liberdade de expressão, de organização, de voto, no plano político; no plano pessoal, liberdade para escolher o parceiro, adotar a orientação sexual, procurar o emprego preferido. Essas conquistas não são plenas e precisam ser ampliadas, mas já se deu a partida nesse processo.
 

Por outro lado, porém, há uma desconfiança enorme - e mundial - em face dos políticos, daqueles mesmos políticos que elegemos. Nem Bush nem Blair têm a confiança da maior parte de seus cidadãos. A corrupção, que alguns dizem ser fenômeno de Terceiro Mundo ou do Brasil, está arraigada nos países mais ricos. Esse é o lado maquiavélico da política, que faz tantas pessoas desconfiarem dela. O estranho é que os próprios eleitores não se sentem responsáveis por seus eleitos, porque tendem a pensar que a representação os trai.Não será isso tudo curioso? Maquiavel foi republicano, e nosso mundo vive a extensão das liberdades republicanas e democráticas.
 

Mas, com O Príncipe, Maquiavel abriu espaço para a figura do maquiavélico – e aos olhos de muitos, talvez da maior parte, é esse personagem que povoa o poder. Será que a política não cumpriu ainda suas promessas republicanas e democráticas?Ou será que temos dificuldade em aceitar que política não é utopia, que nossa humanidade não é perfeita, e a política é o que nos mostra este espelho em que não queremos nos reconhecer? (O Estado de SP, 1º/7)
 

 

Platão (428-328 a.C.) não acreditava na democracia. Para ele a política, a boa condução dos homens em sociedade era um arte que somente bem poucos dominavam. O ideal, para ele, era uma coletividade governada pelos mais sábios, visto que os pensadores eram uma espécie de sócios humanos dos deuses, os únicos a entenderem os difíceis mecanismos da boa regência de tudo

Um mundo em regressão

 

 
Para Platão, o primeiro e fundamental problema da política é que todos os homens acreditam-se capacitados para exercê-la, o que lhe parece um grave equívoco, pois ela resulta de uma arte muito especial
 
 
 
 
 
Platão (428-328 a.C.)
 
 

 

 

 

 

 

“em qual dessas constituições reside a ciência do governo dos homens, a mais difícil e a maior de todas as ciências possíveis de se adquirir”
Platão “O Político”, século IV a.c.
Porem para o filosófo Grego Platão a democrácia é uma forma de governo degenerada, e que não passa de demagogia pois também  conduz facilmente a tirania uma outra forma degenerada de governo.
 
 
Todos devem conhecer a crítica platónica da democracia (sic). Embora a democracia possa conduzir à anarquia ou, como preferimos dizer, ao relativismo total da opinião, ela também pode ser utilizada pelos abusadores do poder para manter o seu metabolismo visível, como se não houvesse futuro depois deles.
 
Na sua acepção genuína, a democracia só tem sentido para aqueles que prezam a liberdade de pensamento e de expressão e que não sabem viver sem pensar. Mas a maioria dos homens não são amigos do pensamento e, por isso, a democracia tem pouco significado para eles. Eles vivem facilmente tanto num regime ditatorial como num regime democrático. Não precisam do pensamento para viver e a democracia torna-os ainda mais preguiçosos e intelectualmente amnésicos.

 

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